ATHOS BULCÃO
Rio de Janeiro, RJ, 1918 - Brasília, DF, 2008
Decorador, desenhista, pintor e professor.
Fez seus primeiros estudos no Colégio Paulo Freitas, no Rio de Janeiro. Iniciou o curso de medicina, mas abandonou-o em 1939 para dedicar-se às artes plásticas.
Em 1943, Oscar Niemeyer incumbiou-o de desenhar os azulejos externos do Teatro Municipal de Belo Horizonte, obra que foi suspensa. Em 1944, também a convite de Niemeyer, inaugurou a nova sede do Instituto de Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro, com uma exposição de desenhos.
Autodidata até 1945, quando começou a trabalhar com Portinari no mural da Igreja de São Francisco de Pampulha, Belo Horizonte. Mais tarde, estagiou druante sete meses no atelier de Portinari, no Rio de Janeiro.
Em 1948, seguiu para a França como bolsista do governo francês, obtendo Menção Honrosa em concurso de desenho realizado em Paris, na Cidade Universitária.
Em artes gráficas, trabalhou na ilustração de livros e revistas literárias. Fez cenários para peças de teatro, dentre as quais se destacam: “Tia Vânia”, de Tchekov, e “O Dilema de um Médico”, de Bernard Shaw.
Desde 1955, tem se dedicado a trabalhos de integração arquitetônica, criando obras complementares para prédios projetados por Oscar Niemeyer, Hélio Uchoa, Sérgio Bernardes, Israel Correia, entre outros.
Nos projetos de Oscar Niemeyer, Brasília está definitivamente marcada por Athos Bulcão.