ESPÍNDOLA, Cléa Márcia Borges. São José/ SC, 1947. Escultora, ceramista e pintora. Frequentou o Ateliê Livre de Cerâmica da UDESC, com Luiz Alberto Ospitalech e Luiz Carlos Canabarro e curso de Engobe também com Luiz Alberto Ospitalech, UDESC. Cursos de Cerâmica na Educação com Maria do Barro e Arte Contemporânea com Romanita Disconzi, na UDESC; desenho, pintura e litografia com Jayro Schmidt e escultura em bronze com Mário Gladera, na Oficinas de Arte do MASC; Murais Cerâmicos com Gene Anderson (EUA), na UFSC; curso de Iniciação à Escultura em Pedra, com Alfi Vivern, no I Simpósio Internacional de Escultura no Brasil, Brusque/SC. 1981: SCNA, MASC; Col. Studio de Artes, Fpolis. 1983: passa a integrar o Grupo Nha-Ú. 1984: com o Grupo, apresenta a proposta Emaranhado, na Mostra Arte de Santa Catarina na FAAP. 1985: Col. Arte Jovem Catarinense, ACAP; com o Grupo, Coletiva de Cerâmica, CEF, São José. 1986: com o Grupo, Projeto Instalarte, ACAP; Col. Rever 86, também na ACAP. 1988: com o Grupo, participação no Concurso Internacional de Cerâmica, Mino, Japão; Coletivas de Verão, de Inverno e Cerâmica Artística, ACAP. 1991: Col. Novos Tempos, ACAP; Coletiva de Pinturas, Centro Cultural Bento Silvério, Lagoa da Conceição; Col. Cerâmicas, UFSC. 1992: Destaque do Ano pela Revista Informação; Col. Pintura e Cerâmica Escultórica, ACM, Fpolis; Col. Arte do Fogo 2, Galeria de Arte do Palácio Barriga Verde, Fpolis. 1993: Col. Terra, Galeria de Arte do Palácio Barriga Verde, Fpolis; Ind. Cerâmicas, ACAP; I Salão Victor Meirelles, Fpolis, Prêmio Harry Laus. 1994: Coletiva de Inauguração da AAPLASC, Espaço Cultural Habitasul, Fpolis; Col. Galeria Di Arcos, Fpolis; Concurso Troféu Top de Marketing, ADVB, Fpolis, 2º Lugar; participação na execução do Mural Cerâmico do Centro Sócio Econômico, UFSC. 1995: Itinerar-te, exposição dos artistas premiados no I e II Salão Victor Meirelles, que percorreu as principais cidades de SC; classificada no Concurso Mostra o Soutien, apresentada no MNBA, Pinacoteca de SP, Palácio das Artes de Belo Horizonte, Galeria do CIC e principais cidades brasileiras. 1996: 1ª Mostra Sul Brasileira de Arte Cerâmica, Fundação Cultural de Criciúma SC. 1997: Col. Mulheres com Arte, promoção da Fundação Franklin Cascaes, na ACAP; Col. FêminArte, Espaço Cultural da OAB, Fpolis; com mais 3 ceramistas, executou o painel cerâmico Renascer, no CAPC, Ribeirão da Ilha, Fpolis. 1998: Mostra dos premiados do Salão Victor Meirelles, Galeria de Arte do CIC. 1999: Col. Terra, ACEF, Galeria de Arte da UFSC e Hall da Reitoria da FURB; 20 Artistas Catarinenses, APLASC, Casa da Cultura Dide Brandão, Itajaí/SC; Col. Objeto Cerâmico III, ACEF, ACAP; Col. Visão Tridimensional da Arte Catarinense, FIC. 2000: Col. Objeto Cerâmico IV, Ilha, ACEF, ACAP. 2001: Ind. Personas, Espaço Cultural Fernando Beck, Badesc; Os 20 Catarinenses que marcaram o século, RBS, MASC. 2003: Ind. Vitrais da Alma – Personas, Hall da Biblioteca da Univali/São José. 2005: com Tânia Correa e Sara Ramos, Três Mulheres, Três Olhares, Galeria de Arte da UFSC; Col. Expressões Sentidas, ACAP. 2006: Ind. Andanças, Centro de Eventos da FIESC Cultura; Col. Entre Gerações, AAPLASC, Espaço Vecchietti; Col. 16 no Forte, AAPLASC, Forte de Santa Bárbarba, Fpolis. 2007: com Paulo Gaiad e Dircéa Binder, MASC; Placas de Artistas II, Corrientes, Argentina. 2007/08: Ind. Passagem, MASC. 2008: Col. 3 Faces do Acervo, MASC; Mostra de Arte Catarinense, Fundação Indaialense de Cultura – FIC. 2009: Col. Da Assoc. de Artistas Plásticos de São José, Casa da Cultura de São José; Col. AAPLASC, Homenagem a Max Moura, Galeria de Arte da UFSC. Artista representada no acervo do MASC. A máscara participa de modo muito particular da história da humanidade. Ora representando deuses ou homens, ora personificando o incogniscível, ora estando presente nos rituais de iniciação, ela mediou o que se é e o que se busca ser. Ainda hoje ela exerce um profundo fascínio sobre nós, não importa a intenção e a função para a qual ela tenha sido criada. Ao contemplá-la, ela nos remete a esse Ser que enfrenta seu próprio mistério face a vastidão do cosmo. Em sua produção artística, voltada à cerâmica, Cléa Espíndola vem realizando um percurso em que o simbólico parece orientar suas escolhas. O que já transparecia nas exposições anteriores, onde enormes calçados de cerâmica nos remetiam a ideia de objetos fetiche, ou ainda com a série de raízes retorcidas e entrelaçadas, encontrasse também nesta nova série de máscaras em cerâmica, intitulada “Personas”. A margem de modismos, sentimos que todos estes trabalhos respondem primordialmente a indagações anteriores. Coincidentemente, a cerâmica, pela sua maleabilidade natural, propicia esse mergulho nas profundezas de nosso ser. Ao passar o barro pelo fogo, é como se o processo de transformação carregasse algo de iniciátivo. É desse processo que nos fala o escritor José Saramago no seu livro “A Caverna”, referindo-se ao forno do ceramista como “o cadinho onde a argila sonha que vai se transformar em diamante. Jandira Lorenz – convite da exposição Personas, Badesc, Fpolis, fevereiro de 2001. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.