DJANIRA PAIVA DA MOTTA E SILVA
Avaré, SP, 1914 - Rio de Janeiro, RJ, 1979
Pintora.
Djanira nasceu numa família de poucas posses, filha única de um dentista de origem austríaca e de uma brasileira, descendente de índios guaranis. Aos 4 anos, foi para Porto União (SC), de onde saiu quase adulta, indo viver em São Paulo. Gravemente enferma, foi internada no Sanatório de São José dos Campos, onde fez seu primeiro desenho.
Quando melhorou, foi morar no Rio de Janeiro e instalou uma pensão familiar, tendo Emeric Marcier como pensionista. Com ele, Djanira teve os primeiros ensinamentos de pintura e no Liceu de Artes e Ofícios, seu aprendizado de desenho.
Estimulada por amigos também artistas e moradores do mesmo bairro, como Carlos Scliar, Dacosta e Jean-Pierre Chabloz, Djanira expôs pela primeira vez em 1942, no Salão Nacional de Belas Artes. Em menos de três anos, já figurava em mostras internacionais, ao lado de Portinari, Guignard, Di Cavalcanti e outros.
Em 1945, viajou para Nova York e expôs na New School for Social Research, na Galeria da União Pan-Americana em Washington e em Boston. Participou da Exposição Internacional da UNESCO, Paris, e viajou pela Europa. Em 1948, participou da exposição “Pintura Contemporânea”, organizada por Marques Rebelo, no Grupo Escolar Dias Velho em Florianópolis SC.
Em 1972, Djanira visitou Urussanga/SC e desceu às minas de carvão para sentir de perto a vida dos mineiros, que resultou em uma série de obras em tons densos e sombrios.