HEIL, Eli Malvina Diniz. Palhoça/SC, 1929 - Florianópolis/SC 2017. Desenhista, pintora, escultora e ceramista autodidata. Depois de ser professora de Educação Física em Florianópolis/SC, passou a dedicar-se às artes plásticas em 1962, quando apresentou sua primeira exposição individual na Galeria Baú, Fpolis. 1963/64: Ind. no IBEU, Fpolis. 1963: Inds. IBEU, Fpolis e Aliança Francesa, Brasília. 1965: Salão Pró-Arte Nova de Blumenau SC, 1º Prêmio. 1966/69: Inds. no MAMF 1966: Ind. MAC/SP. 1967: Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, Brasília/DF. 1968: Inds. Galeria Bénézite, Paris e Galeria Ivan Spence, Ibiza, Espanha; Col. na Maison de La Culture de Caën, França. 1969: Galerie Espaçe, Amsterdam, Holanda. 1970: Pré365 Bienal de São Paulo/SP. 1971/74/83/84: Inds. no MASC. 1971: SNAP, BH; Inds. na Galeria Solstice, Paris e Galeria Barcinski, Rio de Janeiro/ RJ. 1972: Arte Brasil Hoje – 50 Anos Depois, São Paulo; Sala Especial, Brasil Plástica 72, BNSP; Sala Especial Trienal de Arte Insítica de Bratislava, Tchecoslováquia. 1973: Col. e Ind. na Galeria Debret, Paris; Ind. Museu Lousiana da Dinamarca e Museu Sorya Henis, Onstad, Oslo, Noruega. 1973/77/78/84: Inds. na Galeria L’Oeil de Boeuf, Paris. 1974: Col. Hotel Nacional, Brasília. 1975: selecionada para a Mostra Instinto e Criatividade Popular, MNBA. 1976: 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, MAM/SP, São Paulo. 1978: Mito e Magia na Arte Catarinense, Bienal Latino Americana de São Paulo. 1979: Convidada Especial do Pan’Arte, Baln. Camboriú/SC. 1981: Convidada Especial, 20 Artistas Catarinenses, Teatro Guaíra, Curitiba/PR; Mito e Magia del Colore, Castel del Ovo, Napoli, Itália (convidada pelo crítico Gianni Gelleni); 16ª Bienal Internacional de São Paulo, Sala Especial Arte Incomum, Fundação Bienal, São Paulo. 1982: 12 Painéis no MASC. 1983: Ind. Galeria Max Stolz, Fpolis. 1984: Col. Galeria Alifba, Casablanca, Marrocos; Arte de Santa Catarina na FAAP. 1985: publicado o livro A Obra Plástica de Eli Heil, de autoria da artista plástica e pesquisadora Jandira Lorenz; Col. Art Brut, Nova República, São Paulo. 1986: Retrospectiva com 300 obras, no Museu de Arte de Brasília; Ind. de Inauguração da Galeria Piccolo Spazio, Fpolis; Ind. Caminhos de Arte Contemporânea, MASC. 1987: inaugurado em Santo Antônio de Lisboa, praia ao norte da Ilha de Santa Catarina, onde reside, O Mundo Ovo, seu museu particular; Col. Galeria Piccolo Spazio, Fpolis; Artistas Catarinenses no MASC. 1989: Ind. Galeria L’Oeil de Boeuf, Paris. 1990: Col. Arte em Contraste, CEF, Aracajú/SE; Col. Centro Cultural André Malraux, Paris; Ind. MASC. 1992: Ind. 30 Anos de Arte, ACAP. 1993: Ind. Espaço Cultural da AABB, Fpolis; Família Heil, na Galeria de Arte do Palácio Barriga Verde, Fpolis; cria a Fundação O Mundo Ovo de Eli Heil, em Santo Antônio de Lisboa, onde estão expostas, interna e externamente, mais de mil obras em todas as técnicas por ela exploradas. 1994: Família Heil, Galeria Art’Tracion, Fpolis. 1995: Tendências da Arte Catarinense Atual, ACAP; Mostra Florianopolitana de Arte, Helena Fretta Galeria de Arte, Fpolis; Ind. 66 Anos de Vida – 33 Anos de Arte, Espaço Cultural Fernando Beck, Badesc, Fpolis. 1996: Col. Mulher Mulher, ACAP. 1997: Col. FêminArte, Galeria de Arte da OAB, Fpolis; Cols. Galerie du Quartz, Brest e Les Jardiniers de la Memoire, Galeria Imago, Bordeaux, ambas na França. 1998: Revista Création, Franche L’Art Inventif Des Génies Ordinaires, França. 1999: participou do calendário Art of Latin America 1999, Califórnia, EUA; Col. A Verdade Nua e Crua, MASC. 1999/2000: Col. Arte na Passagem do Milênio, Galeria de Arte da UFSC. 2000: Col. ACAP 25 Anos, ACAP; Biz’Art 2000, Collection Cères Franco, Grande Maison-sur-Yvete, França; Collection Cères Franco Peintures, Sculptures, Objets – Miramas Château de Belval, França. 2000/01: Sala Especial no Museu Victor Meirelles, Fpolis. 2001: exposição permanente no Nouvel Espace 14, Boulevard de La Promenade, Lagrasse, França. 2002: Madame Jeanne aurait cent ans 1902-2002, Centre Regional d’Art Contemporain, Château du Tremblay Fontenoy, França; L’Art sous pression, Caisse d’Epargne de Midy – Pyrénées. 2003: Coletiva de Inauguração do Espaço Cultural Gov. Celso Ramos, BRDE, Fpolis; Os Símbolos na Arte de Eli Heil, MASC/ SESC e itinerante da mesma exposição pelas principais cidades do Estado de SC; Désirs Bruts, 6º Forum des Artes Plastiques, Ile-de-France. 2004: Col. A pintura segundo a sequência do alfabeto, acervo do MASC; Col. Imagens do Universo Ilhéu, Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, Fpolis. 2005: Mostra dos Fundadores, ACAP; Col. Les imagiers débridés, Maison des Mémoirs, Carcassone, França. 2006: Desenhos que ilustram o livro Vomitando Sentimentos na IV Semana de Museus, promoção do IPHAN, Fpolis; Col. MAJ 30 Anos, Joinville. 2007: Desenhos inéditos de Eli Heil, promoção do IPHAN; Col. Espinha Dorsal, 3 Faces do Acervo MASC. 2009: publicado o livro Óvulos de Eli – A expulsão dos Sêres de Eli Heil, autoria de Kátia Klock. 2010: Col. Floripa Tem, Galeria Luciano Martins, Fpolis. Artista representada no acervo do MASC. Eli Heil cria em “estado de graça”, utilizando-se de uma imaginação cósmica sem limite de espaço e tempo. Segundo Sebastião Nery, “Eli é contemporânea do Padre Eterno; sua pintura é do primeiro dia da criação”. O mundo fenomenalmente mágico, que Eli Heil cria, contém o segredo do princípio e do fim, do passado remoto da criação. Suas obras funcionam como um espelho mágico, que põe à mostra as regiões abissais do inconsciente coletivo. Daí porque nos fazem pensar em experiências já vividas, em loucos sonhos já experimentados. Tudo nos leva a concluir que a obra de Eli Heil se aproxima da “arte xamanista” em sua cosmologia, em sua representação da essência do mundo, do segredo gerador de vida. Adalice Maria de Araújo – Mito e Magia na Arte Catarinense, pág. 147, Fpolis, 1999. Para Eli, artista da feminidade, o ovo, princípio feminino da manifestação universal, é o germe, o auto-explicativo símbolo do nascimento, a ancestral unidade/polarização que preside a necessidade de integração dos viventes. Gênese das forças vitais, entidade genealógica por excelência, matriz das virtualidades, que Eli retrata tão bem na vibração e no fluxo visual de suas obras de arte. Ovo: fonte de renascimento e, em última instância, imagem tranquilizadora da totalidade; não apenas receptáculo da integridade, mas abrigo dos contrários. Não foi sem motivos que a artista batizou seu Museu de “O mundo ovo de Eli Heil”. João Evangelista de Andrade Filho – Catálogo Os Símbolos na Arte de Eli Heil – SESC/MASC, Fpolis, 2000. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.