IOP, Elisa. Carazinho/RS, 1965. Vive em Chapecó/SC. Desenhista, gravadora e propostas em instalações e objetos. Graduada em Desenho e Plástica pela UFSM; Pós-Graduação em Arte Educação pela Unoesc; Mestrado em Educação, UFPR; Doutorado em Cultura y Sociedad, Universidade do País Basco, San Sebastián, Espanha. Curso de litografia com Danúbio Gonçalves, xilogravura com Armando Almeida e gravura em metal, todos no Atelier livre de Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Estágio no Centro de Gravura do Museu Lasar Segall, SP e no Museu da Gravura de Curitiba/PR; Curso Objeto de Minha Vida, Maria Luiza da Rocha e Vera Wilder; curso Objeto Gravado com Matilde Marin, ambos no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre; curso Retrato de Corpo e Alma, com Zorávia Betiol, Montenegro/RS. Professora da Escola Municipal de Chapecó, da Celar Faculdades em Xaxim/SC e do departamento de Ciências da Comunicação, Unoesc. Implantou o Curso de Educação Artística da Unoesc. 1982: II Expoarte, Fundeste, Chapecó, 1º Lugar, Categoria Principiante. 1985: Col. Sala de Exposições Prof. Rubens Belém, Santa Maria/RS. 1986: V Salão Universitário de Artes da UFSM RS, Prêmio Aquisição em Gravura; II SCAPSC, Chapecó, Referência Especial em Xilogravura. 1987: Col. Centro Cultural de Uruguaiana/RS; Ind. Gravuras, Galeria Gaiger, Santa Maria; Mostra dos Alunos do Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 1988: Coletiva de Gravuras, Galeria Gaiger, Chapecó; Col. Só Desenho Só, Espaço Cultural Sulina, Porto Alegre; IV SCAPSC, Chapecó, Prêmio em Desenho; VI Salão de Artes Cidade de Itajaí, Prêmio Aquisição. 1989: Col. MASC; Col. Museu Antônio Selistre de Campos, Chapecó; Col. Arte Oeste de Santa Catarina, Galeria de Arte do SESI, São Paulo. 1990: Col. Artistas Plásticos do Oeste de Santa Catarina, Intercâmbio Argentina-Brasil, Província de Missiones e Eldorado, Argentina; Mostra de alunos do Instituto Eduardo Trevisan, Santa Maria, Convidada Especial; Col. MASC; V SCAPSC, Chapecó, Menção Honrosa. 1991: Col. Expressarte, Museu Antônio Selistre Campos, Chapecó; Col. Galeria de Arte Geraldo Queiroz, Uberlandia/MG; Col. Gravura em Metal, Sala Gilda Belczak, Museu da Gravura de Curitiba; participação no projeto Cavalete ao Ar Livre, Chapecó, Prêmio Destaque. 1993: Col. MASC; Col. Gravuras, SESC, Chapecó; Col. Espaço Cultural de Arte Fernando Beck, Badesc, Fpolis. 1994: II Coletiva de Artes de Chapecó; Col. Artistas Catarinenses, MASC. 1994/95/96: ilustração dos livros de poesias Sabor de Ser e Sabor de Luta e do romance Sabor da Terra, todos de Norberto Pontel, Chapecó. 1995: execução da instalação Mãos, Campus da Unoesc, Chapecó; VI Salão Latino Americano de Artes de Santa Maria, Prêmio Aquisição; III Salão Victor Meirelles, Fpolis, Prêmio Aquisição. 1996: Ind. Espaço Cultural Banco do Brasil, Chapecó; Itinerar-te, exposição dos artistas premiados no I e II Salão Victor Meirelles, que percorreu as principais cidades de Santa Catarina. 1997: Col. Obras premiadas 93 e 96 do Salão Victor Meirelles, Galeria do CIC. Artista representada no acervo do MASC. 1998: VI Salão de Artes Cidade de Itajaí, Prêmio Aquisição. 1998/99: Ind. Jogo – Cinco Marias – Instalação, Espaço Cultural Fernando Beck, Badesc, Fpolis, e a mesma exposição no Museu Antônio Selistre de Campos, Chapecó. 2000/01: Geração Atual – 1º Mapeamento das Artes Plásticas de Santa Catarina, MASC, itinerante pelo interior do Estado. 2004: Ind. Fragmentos da Vida de Efigênia, Hall da Reitoria da UFSC; Regards du Brésil Méridional, Honfleur, França. 2007: integra o DVD Gesto e Linha – projeto Santa Cultura, que documenta os 40 anos de Arte Contemporânea produzida no Estado de SC. Quando a artista escolhe trabalhar com a apropriação da boneca Barbie, por exemplo, não se pode esquecer os vários níveis de repetição de um modelo que se apresentam nesse brinquedo. Desde a escala industrial do objeto de plástico até a multiplicação do modelo ideológico do gênero feminino, a boneca Barbie opera como objeto simbólico no nível da reiteração. E essas imagens se potencializam pela repetição. Assim como acontece nas obras de Elisa Iop onde a cada acréscimo de uma mesma imagem, os conteúdos se aguçam e se tencionam. Mas Elisa não se apropria das bonecas no sentido literal. Elisa desloca esses corpos seriados para situações que não fazem parte do contexto idealizado pelos fabricantes da boneca. Em sua obra mais recente, a artista envolve a boneca em uma mortalha negra, e depois a deixa repousando em uma urna funerária feita especialmente para ela. Desse deslocamento já significativo do brinquedo, se desdobra outro, mais dramático, que se dá no nível do horizonte simbólico. Concebida como emblema de uma juventude estereotipada e eterna, a boneca Barbie se vê envolvida, nessa obra, pelo véu escuro da morte. E seu universo rigidamente marcado por uma espécie de saúde e alegria compulsórias, se surpreende contaminado pelo índice inequívoco da dor. A introdução da noção de finitude na juventude eternizada, prometida pelo contexto da boneca Barbie, aponta um viés de crítica ideológica presente nesta obra. Fernando Lindote – Catálogo Fragmentos da Vida de Efigênia, Hall da UFSC, Fpolis, 2004. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.