FÚLVIO PENNACCHI
Toscana, Itália, 1905 - São Paulo, SP, 1992
Pintor, desenhista, gravador, muralista e ceramista. No Brasil desde 1929, Pennacchi teve que desempanhar humildes funções, entre as quais a de açougueiro, para sobreviver, embora sempre trouxesse consigo um Diploma de Honra que recebera com distinção na Academia Real de Belas Artes de Lucca, Itália.
Radicou-se em São Paulo e tornou-se figura de relevo na arte paulista e brasileira, pois foi integrante do Grupo Santa Helena e da Família Artística Paulista, movimentos artísticos de grande importância na década de 30 e 40.
Interessou-se sempre por motivos religiosos e aspectos da vida suburbana de São Paulo e, em 1936 consegue reformular o ensino das artes no colégio paulista Dante Alighieri. Como professor de desenho e realizando afrescos em residências da burguesia, começou a posicionar-se nos meios artísticos de São Paulo.
Em 1941 iniciou os croquis de um estudo arquitetônico para a Igreja Nossa Sra. Da Paz, num trabalho amplo que incluiria mais tarde afrescos e cerâmica, só terminadas em 1952.
Em 1964, na Casa do Artista Plástico, faz uma espécie de retiro, raramente expondo ou aparecendo em público e à crítica, mostrando o trabalho desenvolvido em quase 10 anos. Apesar de obtido duas Medalhas de Prata em 1935 e 1936, no Salão Nacional de Belas Artes e no Salão Paulista de Belas Artes, somente então seu trabalho foi reconhecido pelo público e pela crítica brasileira.