HOFFMANN, Juliana Neves. Concórdia/SC, 1965. Desenhista e pintora autodidata; artista multimídia. Cursos de História da Arte com Jayro Schmidt e com Regina Melin; estágio de pintura em telão teatral no IBAC, Rio. 1982/83: SCNA, MASC, premiada em 82. 1982 e 86: Salão Chapecoense, Chapecó/SC. 1983: Col. Novos Primitivos, ACAP; Salão de Arte Jovem do CCBEU, Santos/SP. 1983/84: JASA, Porto Alegre/ RS e Fpolis; Salão Universitário, UFSC, Prêmio em Desenho e Prêmio Especial. 1985: Cols. Resumo 85 – Arte Jovem Catarinense e Cores de Santa Catarina, ACAP; Pan’Arte Desenho e Gravura, itinerante promovida pelo MASC. 1986 e 90: Salão Chapecoense de Artes Plásticas, Chapecó. 1989: V Salão de Artes Armando Viana, Rio; Coletiva de Verão, ACAP. 1990: Ind. ACAP; Concurso Em Busca de Talentos, capa do Catálogo Telefônico, Chapecó, 1º Lugar. 1991: Ind. MASC; Coletiva da ACAP na Galeria de Arte do Palácio Barriga Verde, Fpolis. 1992: Ind. Galeria de Arte da UFSC; I Salão de Artes Plásticas de Blumenau; Col. Paisagem Catarinense, ACAP. 1993: Ind. Galeria Espaço de Arte, Fpolis; Col. Espaço Cultural Habitasul, Fpolis; Ind. Centro Cultural de Lages/SC. 1998: Ind. Espaço Oficinas, CIC, Fpolis; Mostra do Acervo do MASC, MASC. 1999: Col. MIS, Fpolis; Col. Fundação Cultural de Lages; criação e animação da abertura do documentário A Pandorga – O Projeto de um vôo, de Isabela Hoffmann, premiado no Festival de Vídeo, em Gramado/RS. 2000: Col. Wandsworth art Society, Londres. 2003: Direção de Arte do curta-metragem Nem o céu, nem a terra, de Isabela Hoffmann. 2004: Ind. 2 Florianópolis – 4 Estações, MASC. 2005: com o grupo Fratura Exposta, Buraco Negro, Espaço Cultural The Loft, Fpolis; Ind. Arthur Rimbaud 2005 – Italian Blog, Museum Castelo di Rivara, Centro d’Arte Contemporânea, Torino, Itália. 2006: Col, Paint-a-Future, MASC, Centro Cultural São Paulo, São Paulo/SP e Rembrandt, Amsterdam, Holanda; Col. 16 No Forte, Fundação Franklin Cacaes, Florianópolis; Ind. Casa Açoriana, INTERIORES, Florianópolis; Ind. Londres e suas Almas, Giorgio Vechio, Florianópolis. 2007: Col. Lestada e a Desconstrução, BADESC, Florianópolis; Col. Paint-a-Future, Atlanta, EUA; Menção Honrosa, Col. I Bienal internacional de Sorocaba; Sorocaba/ SP; Col. Paint-a-future/ Chateau Saint Michel, Rully, Borgonha, França; Col. Lestada e a Desconstrução, Galeria Múltipla, São Paulo/SP. Ind. Interiores, Armazém Vieira, Florianópolis; Ind. Café das Artes, Florianópolis, Lages e Piçarras; Ind. Assembleia Legislativa, Florianópolis; Simpósio internacional Paint-a-future, Chateau Saint Michel, Rully, Borgonha, França. 2008: participou do Projeto Paint a Future, Praia do Rosa, Imbituba; Col. de artistas Brasileiros, Estados Unidos, Nova York, EUA; Col. No Boundaries, Wilmington, NC, EUA; Artist Colony, Bald Head Island, North Carolina, EUA; Ind. Museu Histórico Palácio Cruz e Sousa, Florianópolis. 2009: Col. Xul Solar, Maison du Bresil, Paris, França e Museu Histórico Palácio Cruz e Sousa, Florianópolis. 2010: Col. Plural e Singular, Salaverry, Galeria de Arte, Fpolis; Col. Contaminações – Exposição Arte, MHSC, Fpolis; Col. Indagações, Galeria Luciano Martins, Florianópolis; Col. Arte e Musica dal Sudamerica, Galleria Tartaglia, Roma, Itália. Artista representada no acervo do MASC. A pintura de Juliana, que toma sua amada cidade natal como tema e pretexto, parece-nos poeticamente importante porque integra um questionamento visual, não descritivo; porque configura possível e desejável problematização da capacidade que – queira o destino – talvez ainda haja de se introduzir no tecnicismo da (in)civilização atual mediante aquele ingrediente de humanismo crítico que recusa curvar-se ao domínio da mera estatística. A cidade de Juliana. Nova sim, inédita, porque contém um toque que provém dos celeiros, é verdade que hoje fragilizados, da sensibilidade singular do artista. Escala-se essa cidade por rampa que não leva ao fragilizados, da sensibilidade singular do artista. Escala-se essa cidade por rampa que não leva ao passado, do qual se faria uma resenha; nem conduz ao futuro, ao qual se daria sentido de expectativa. Há de ser assim já que não falamos da cidade tópica, mas da cidade utópica. Rampa, aquela, que aponta, portanto, ao presente, o presente do coração desperto. Olhemos com atenção ou, de preferência, distraídos. Se não vamos nos deparar com a cidade mecânica, ingenuamente mecânica, das feiras de fim de semana, também não toparemos com a cidade conceitual de uma experiência formal de vanguarda. Encontraremos, sim, um ponto nevrálgico nessa circunferência que a sensibilidade traça, indivisível e incompartilhável, do seu todo, pois cada referência nesse caminho é diferentemente essencial a uma incompletude que só no centro de si mesma, – no princípio, portanto –, achará sua íntima identificação. Assim ficará aberta a possibilidade das relações. A pintura de Juliana está cheia destas. Muito ricas. Sendo obrigatório que, para ter consistência a teia de relações, é preciso que haja qualidade, respiramos aliviados quando, na visualidade da poética urbana que nos propõe Juliana Hoffmann surpreendemos o texto que supera registro e enfeite para atingir a coesão da verdadeira linguagem. João Evangelista de Andrade Filho – Catálogo Florianópolis 4 Estações, MASC, junho de 2004. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.