SCHWANKE, Luiz Henrique. Joinville/SC, 1951 – 1992. Desenhista, pintor e escultor autodidata. Nasceu a 15 de junho de 1951, filho de Maria Schneider Schwanke e Henrique Schwanke. Estudos iniciais no Grupo Escolar Rui Barbosa, Joinville, onde recebe, em 1962, o 1º Prêmio em Desenho e também Menção Honrosa no II Salão de Arte Infantil, promoção Folha de São Paulo, São Paulo/SP. Em 1970 segue para Curitiba/PR, onde é graduado em Comunicação Social pela UFPR. 1971: participa da 1ª Coletiva de Artistas Joinvilenses, MAJ. 1977: Prêmio Aquisição Banestado no 34º Salão Paranaense; 1º Prêmio no Salão de Desenho DAC/SEC, Curitiba. 1978: Prêmio Aquisição Paranatur no 35º Salão Paranaense. 1979: Prêmio Aquisição na 1ª Mostra do Desenho Brasileiro; Prêmio Aristides Merhy no 36º Salão Paranaense e Prêmio Exposição Galeria Sérgio Milliet, Funarte; 2º Salão Nacional de Artes Plásticas. 1980: 2ª Mostra do Desenho Brasileiro, Artista Convidado; Prêmio Telepar no 37º Salão Paranaense. 1981: Prêmio Especial Adhail Bento Costa no V Salão de Arte de Pelotas/ RS; Menção Honrosa, Salão de Londrina/PR. 1983: 40º Salão Paranaense; 5ª Mostra do Desenho Brasileiro, Curitiba. 1985: III Salão Paulista de Arte Contemporânea; 8º Salão Nacional de Artes Plásticas; Destaque Revista Veja; Prêmio Exposição Individual MAC, Sala Miguel Bakun no 42º Salão Paranaense; Prêmio Aquisição no 38º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco; Prêmio Nominal D. J. Oliveira no II Salão de Artes Plásticas de Goiânia; Grande Prêmio Cidade de Belo Horizonte no 17º Salão Nacional de Artes Plásticas de Belo Horizonte. 1986: Ind. MAC/PR, Sala Miguel Bakun, Curitiba; O Planeta Saúda o Cometa, Arte Galeria, Fortaleza/CE; 6 Pintores Contemporâneos do Paraná, Pinacoteca do Estado de São Paulo; Grande Prêmio Cidade de Americana no 2º Salão de Artes Plásticas de Americana/SP; Prêmio Construtora Norberto Odebrecht no 39º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco; Prêmio Banco do Estado de Minas Gerais e Prêmio Exposição Individual, Galeria BEMGE no IV Salão Paulista de Arte Contemporânea; Perspectiva Catarinense, FAAP, SP; Fundação Cultural de Brasília e MASC; Bienal Latino Americana de Arte sobre Papel, Buenos Aires; Caminhos do Desenho Brasileiro, MARGS; Prêmio Aquisição 9º Salão Nacional de Artes Plásticas; 43º Salão Paranaense, Curitiba. 1987: Ind. Galeria Arco Arte Contemporânea, São Paulo; X SNAP, premiado. 1988: 45º Salão Paranaense, Curitiba, premiado; Bienal do Rio de Janeiro, Menção Especial do Júri. 1989: Ind. Schwanke – Esculturas, MAJ; Cada Cabeça uma Sentença, MAM/SP, MAM/RJ e Universidade Federal de Juiz de Fora/MG. 1990: Ind. Schwanke – Esculturas, EAV do Parque Lage e Instituto Municipal de Arte e Cultura do Rio de Janeiro; Panorama do Volume, MASC. 1991: Luiz Henrique Schwanke – Revisão de sua Obra, MASC; Panorama da Arte Atual Brasileira, MAM/ SP; Pintura Brasil Década 80, Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre/RS; 21ª Bienal Internacional de São Paulo; 2ª Bienal de Esculturas Efêmeras, Parque Ecológico do Cocó, Fortaleza. 1992: Prós e Contras, Col. Harry Laus, Fundação Prometheus Libertus, Fpolis. Morre em seu ateliê, em Joinville, no dia 27 de maio. Coletiva em sua homenagem, Ritual da Passagem, Galeria de Arte do Palácio Barriga Verde, Fpolis. 1994: Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal, São Paulo; Exposição Vida Schwanke Vivo, MASC. 1996: Universo Poético de Schwanke, Pinacoteca do Instituto de Artes da UFRGS, Porto Alegre e MAJ. 1998: Sala Especial no 6º Salão Nacional Victor Meirelles, MASC. 2001: Ind. Dois Momentos, Complexo Cultural Antarctica, Joinville; Ind. MUMA, Curitiba; sua obra Cubo de Luz faz parte do livro Bienal 50 Anos, da Função Bienal de São Paulo. 2002: criado, em Joinville, o Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke; Sala Especial no 1º Salão de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke, SCAR, Jaraguá do Sul/SC; recebe a Medalha do Mérito Cultural Cruz e Sousa, pelo Governo do Estado de Santa Catarina. 2003: criado o Instituto Luiz Henrique Schwanke para desenvolver as atividades do MAC/Schwanke; Sala Especial no Projeto Schwanke Perspectiva das Artes Plásticas em Santa Catarina, no MASC, na SCAR e na Galeria Marta Traba, Memorial da América Latina, São Paulo; Exposição Imagética, Moinho Novo Rebouças, Curitiba. 2004: Sala Especial na Coletiva de Artistas Plásticos de Joinville, MAJ; Col. A pintura segundo a sequência do alfabeto, acervo do MASC. 2005: Coletiva em Homenagem a Harry Laus, MHSC. Artista representado no acervo do MASC. Se os desenhos e pinturas de Schwanke já abusavam de questões visivelmente ambíguas, a ironia e as apropriações se tornaram ainda mais fortes em seus objetos e esculturas com elementos plásticos. Em “Brasilidade”, um túnel de bananas plásticas parece ironizar a autenticidade de um pós-modernismo tupiniquim, utopicamente isento de quaisquer influências externas. As colunas de baldes e bacias, ao parodiar a monumentalidade das colunas da história antiga, possibilitam múltiplas e díspares leituras, da acumulação e construção de volumes puramente geométricos e minimalistas à representação sugestivamente fálica. O mesmo acontece com a “Cobra Coral”, um projeto inédito apresentado em Jaraguá do Sul, que o próprio artista nunca chegou a executar. Na mata, uma enorme serpente de baldes vermelhos, pretos e brancos parece remeter às mesmas questões das colunas e, neste caso, de uma forma bem mais irônica, literalmente “venenosa”. Schwanke estava fortemente conectado ao momento artístico mundial. Pensar suas obras no contexto de uma época é dar-se conta de sua incontestável importância para a história da arte brasileira e mundial. Infelizmente, poucos conhecem esse legado. Mudar essa realidade é mais do que necessário, é certamente justo. Charles Narloch – Jornal A Notícia – Anexo, Joinville, 14 de novembro de 2002. Diferentemente de boa parte dos artistas da Pop e do Novo Realismo, não há qualquer intenção crítica ou sociológica nos trabalhos de Schwanke. O que ele explora são as possibilidades construtivas e visuais desses objetos industrializados. Com a acumulação e a repetição, procura alcançar efeitos óticos e cinéticos. Em outras palavras, encara os objetos de séries industriais como módulos de estruturas minimalistas ou de colunas que poderiam ser infinitas como as de Brancusi. Enfim, com seus novos trabalhos, reafirma, mais uma vez, a peculiaridade da arte-construtivista brasileira e latino-americana. Tivesse sido convocado a participar desta Bienal, Luiz Henrique Schwanke seria, com toda certeza, um dos seus destaques. Frederico Morais – Parte do texto publicado originalmente na Revista Galeria, n. 16, 1989, São Paulo. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.