PIRES, Maria de Lourdes, dita Lú Pires. Imbituba/SC, 1961. Gravadora. Licenciada em Educação Artística pela UDESC. Frequentou curso de litografia com Anico Herkovitz e Marcelo Lima; fotogravura com Tereza Miranda; gravura – Método Hayter com Mariana Quito; Arte Brasileira anos 60/70, com Celso Favaretto, todos no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Curso de gravura em metal com Angel Alfaro no Instituto Superior de Arte de La Habana, Havana, Cuba. Trabalhou no Taller Experimental de Gráfica de La Habana, Havana, Cuba. 1991: IV Salão de Artes Plásticas de Güines, Cuba; Correo Internacional de La Pequena Estampa da IV Bienal de La Habana; Ind. Acrílica sobre Tela, com poemas de Renato Tapado, no Espaço Oficina, CIC. 1992: 1º Salão de Artes Cidade de Itajaí/SC; Salão Comemorativo dos 30 anos do Museu Nacional de Cuba; Ind. Marcas, Galeria do Complexo Cultural Yara e no Centro Cultural Matanzas, ambas em Cuba; a mesma exposição no Museu do Trabalho, Porto Alegre e Espaço Oficina, CIC. 1993: Prêmio La Jovem Estampa, Casa de Las Américas, Cuba. 1994: Exposição Internacional de Mini Gravuras, Sabatell, Espanha. 1995: XV Bienal de Gravura da América Latina e do Caribe, San Juan, Porto Rico; Mostra Internacional de Mini Gravuras, Espaço Oficina, CIC, e Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre; Ind. Outono, MASC; premiada no III Salão Nacional Victor Meirelles, Fpolis. 1996: Uma Visão Catarinense, exposição composta por 12 artistas, organizada pelo MASC e apresentada no MARGS, MASC, Centro de Artes Visuais do Sul – Museu de Arte de Cascavel/PR e Palais de Glace, Buenos Aires, Argentina; Itinerar-te, exposição dos artistas premiados no III Salão Victor Meirelles, que percorreu as principais cidades de Santa Catarina; Ind. MAC/Campinas/SP; Col. Cultural Camba – Cuá, Corrientes, Argentina. 1997: A Arte Contemporânea da Gravura - Mostra Nacional, Curitiba; Vento-Sul, III Mostra de Artes Visuais Integração do Cone Sul, Museu Provincial René Brusau, Resistência, Argentina, itinerante; Ind. Caminhos, Museu Victor Meirelles, Fpolis. 1998: Ind. Outono, Academia de Belas Artes e Idiomas Josefina Conte, Corrientes, Argentina; Col. A Arte Contemporânea do Acervo do MASC. 1999: Ind. Desenhos e Gravuras, Espaço Atená, Fpolis; Col. Desenhos e Gravuras do Acervo do Museu Victor Meirelles, Fpolis; 7º Salão de Artes Cidade de Itajaí, Referência Especial. 2000/01: Geração Atual – 1º Mapeamento das Artes Plásticas de Santa Catarina, MASC, itinerante pelo interior do Estado. 2002: Ind. Detrás do Silêncio, MASC; VII Bienal Internacional del Grabado Caixanova, Ourense, Galícia, Espanha. Artista representada no acervo do MASC. O que é a gravura contemporânea? Apreciar os gravados de Lú Pires é encontrar a resposta adequada: o que mais caracteriza a contemporaneidade da gravura é a ativação da matéria empregada, o que deve ser traduzido como retirar o ato da potência, no caso de Lú Pires o metal, matéria aparentemente dura, na realidade matéria quente, maleável, própria para cortes profundos, sulcos que vão ser transportados ao papel através dos segredos da impressão, espelho ou testemunho completo dos segredos da gravação. A potência da matéria, naturalmente, é ativada por outra potência, esta a capacidade expressiva do artista. O desafio, para o gravador, é extrair a luz da superfície opaca do metal. E luz é imagem, que, por sua própria natureza metafísica, sugere a presença das coisas. A gravura de Lú Pires deve ser vista sob esta ótica de iluminação sugestiva, de indícios e até de resquícios por meio de uma poética que se move de dentro para fora com o abstrair, configurando uma gramática gráfica que a coloca ao lado dos melhores gravadores brasileiros. Jayro Schmidt – texto inédito, Florianópolis, outubro de 2003. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.