OESTROEM, Rubens. Blumenau/SC, 1953. Pintor. Diplomado em Pintura e em Pedagogia de Artes pela Escola Superior de Artes de Berlim, com Max Kaminski, Bernd Koberling e Kuno Gonschoir; freqüentou cursos de gravura e pintura na Academia de Düsseldorf, também na Alemanha. Em Blumenau, estudos com Elke Hering. 1970/ 71 e 76: Cols. Artes Plásticas Barriga-Verde, Blumenau. 1972: Salão Sesquicentenário da Independência, Fpolis, Medalha de Bronze. 1973: Ind. Teatro Carlos Gomes, Blumenau. 1974: Col. Artistas Catarinenses em Brasília. 1977: Novos Artistas de Güterloch e Coletiva em Düsseldorf. 1978: Arte Barriga-Verde no BADEP, Curitiba/ PR. 1979: Col. Memorial Eduardo Dias, Galeria de Arte do Palácio Barriga Verde, Fpolis; Inds. MASC e Galeria Municipal de Artes, Blumenau. 198l: Col. Artistas Estrangeiros em Berlim. 1983/ 85: Inds. Galeria Artwork, Berlim. 1985: Expressionismo no Brasil – Heranças e Afinidades, XVIII Bienal Internacional de São Paulo. 1986: Col. Perspectiva Catarinense, composta por sete artistas, organizada pelo MASC e apresentada em Fpolis, São Paulo/SP e Brasília/DF; 9º SNAP, Premiado; Ind. Multiquadro Berlim 80/85, MASC e MAJ. 1987: 44º Salão Paranaense, Curitiba, Prêmio Aquisição. 1988: Col. Pintura Catarinense, Galeria Álvaro Conde, Vitória; Ind. Galeria Edition Schoen, Berlim. 1989: Art Express IBK, Berlim. 1990: 16 Brasileiros em Berlim. 1991: Ind. MAJ; Pintura Brasil Década 80, Instituto Cultural Itaú, São Paulo. 1992: Col. Salão Passaporte da Arte Catarinense para Washington – Blumenau e Washington; Ind. Fundação Prometheus Libertus, Fpolis. 1993: Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura MAM, São Paulo; Ind. Galeria SESC Paulista, São Paulo. 1994: Artistas Brasileiros Hauke Contemporary Art, Frankfurt, Alemanha. 1995: Col. Terra Incógnita – Caminhos e Formas das Cores, MAC/PR e MASC ; Ind. Estruturas e Texturas, Galeria da UFSC; Col. A Ilha em Buenos Aires, Palais de Glace, Buenos Aires, Argentina; Col. Tendências Contemporâneas da Arte Catarinense, Instituto de Artes da UFRGS. 1996: Uma Visão Catarinense, exposição composta por 12 artistas, organizada pelo MASC e apresentada no MARGS, MAC/PR, Centro de Artes Visuais do Sul – Museu de Arte de Cascavel/PR e Palais de Glace, Buenos Aires, Argentina; Col. Terra Incógnita, Parochial Kirche Berlim: Col. Dialog, Experiências Alemãs, Instituto Goethe e MAM/ RJ; Ind. Galeria FURB; IV Salão Victor Meirelles, Prêmio Aquisição. 1997: Col. Terra Incógnita II, Instituto Cultural Brasil/Alemanha, Berlim; Brasil – Reflexão 97/A Arte Contemporânea da Gravura, Curitiba. 1998: Ind. Escritório de Arte Helena Fretta, Fpolis; Col. Centro Cultural Brasil/ Espanha, Fpolis; de agosto a dezembro, nomeado Administrador do MASC. 1999: Ind. A Pele da Terra, MASC. 2001: Ind. Corpotopia, Espaço Cultural Fernando Beck, Badesc. 2002: Ind. Corpooco, Espaço Oficinas do CIC. 2004: Professor de pintura das Oficinas de Arte do CIC; Regards du Brésil Méridional, Honfleur, França; Col. A pintura segundo a sequência do alfabeto, acervo do MASC. 2006: Col. Pintar um Futuro, MASC. 2007: participante do DVD de Arte Contemporânea, Gesto e Linha; Col. Cor, Luz, Água, MAB. Artista representado no acervo do MASC. Rubens escolheu o seu século, que não é aquele do qual disse Leopardi, “... che, nelle arti e nelle discipline presume de rifar tutto, perché nulla sa fare.” Rubens fará o que quiser porque com o exercício divinatório dos olhos e o auxílio poderoso da mão, ensinada e aprendida, não se interessa por tudo refazer. Interessa-se por se encontrar nessas veredas perigosas da arte. E se encontrando, ir além de si. E por retomar cada dia, por mais brilhante que tenha sido, a carreira. Isto é: o curso, o fluxo. Por saber tanto do fim, tanto dos meios, ele endossaria, temos certeza, o mencionado dito de Pléticos, de resto outro grande pintor: “estou por começar”. João Evangelista de Andrade Filho – Catálogo Corpotopia – Badesc, 2001. Como todos os atentos artistas contemporâneos, Rubens Oestroem vê a pintura como objeto, como de fato é. E seu processo gradual foi conjugando possibilidades de expressão, sintetizadas em duas linhas principais: a informal e a formal. Essas morfologias, aparentemente incompatíveis, são provenientes do emocional e do racional, respectivamente. Nesse sentido, seus objetos vão além do abstrato, ou seja, fazem parte do concreto. Enquanto o abstrato representa, o concreto apresenta. No caso da atual mostra de Rubens Oestroem, evidenciam-se, no excesso de matéria ou de ruído, vazios, na realidade espaços virtuais, sobretudo a partir do momento em que apareceram os vazados que integram o entorno, além de reafirmar que não é ocupado é tão significante quanto o ocupado. É nesta elaboração que se apresentou um aspecto novo e exterior ao objeto, porém intrínseco ao material, à matéria propriamente dita: o ruído mesmo, sons naturalmente das peças suspensas e móveis, que se atritam com agitação do ar ou simplesmente com o toque humano. Rubens Oestroem, desta maneira, tem todo um potencial com a presença e a ausência de matéria, potencial que vai do mais simples ao mais complexo. Jayro Schmidt – Especial para o Jornal A Notícia, Caderno Anexo, Joinville, 26 de outubro de 2002. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.