OLIVEIRA, Ubiratan, dito Bira. Londrina/PR, 1960. Vive em Florianópolis/SC. Pintor. Mídia Contemporânea: instalações. Fundamentos de Linguagem Visual, com João Otávio Neves Filho (Janga). 1986: Coletiva Instalarte e 111 Artistas pela Paz, ACAP. 1987: Ind. O Vale das Aparências: Geografia do País das Nuvens e Relâmpagos, ACAP: Pescadores sobre uma Pedra Branca, Pan’Arte Volume, MASC; SNAP, Região Sul; Col. Rever/86, ACAP; Zen: Indício, no Encontro da Visualidade Catarinense, MASC; com o mesmo trabalho é premiado no Salão Paranaense, MASC e Curitiba/PR. 1988: Col. Sala Mário Schemberg, Funarte/Rio; Instalação sem Título, ACAP. 1988 e 92: Premiado no Edital de Auxílio às Artes Plásticas, FCC, Fpolis. 1989: Pescadores sobre uma Pedra Branca, no Encontro Latino Americano de Arte e Cultura em Brasília/ DF; Col. Arte e Democratização do Gosto, Porto Alegre/RS; Ind. Existeli Berd? Ade, Espaço Oficina, CIC. 1990: Panorama Catarinense do Volume, MASC. 1991: Col. Ritual de Passagem, Galeria de Arte do Palácio Barriga Verde, Fpolis. 1992: Ind. A Via das Dúvidas – objetos, Galeria Art In Panorama, Fpolis. 1993: Col. Circuito Catarinense de Arte, itinerante pelas principais cidades de SC; Ind. Grande Galeria do CIC; I Salão Victor Meirelles, Fpolis, Premiado. 2004: Col. A pintura segundo a sequência do alfabeto, acervo do MASC. Artista representado no acervo do MASC. OLIVETTI, Maria Inês Schmidt, dita Mainês Olivetti. Irineópolis/SC, 1952. Vive em Curitiba/ PR. Artista multimídia. Formada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória/PR; Oficina de Desenho e História Geral da Arte, ambas no Museu Alfredo Andersen, Curitiba; Oficina Livre com Edilson Viriato e Poéticas Singulares com Eliane Prolik, também em Curitiba; curso de História da Arte Brasileira, com Paulo Reis na UFPR. 1997: VI Bienal Nacional de Artes Visuais, Santos/SP, premiada. 1998: com Tânia B. Bloomfield no Museu Universitário, PUC/PR; 24º Salão de Artes Plásticas, Jacarezinho/PR, premiada. 1999: Ind. Nada como um dia após o outro, Universidade Estadual de Londrina/PR; Ind. Aparências, MUMA; Col. Museu de Arte do PR, Curitiba; 1º Salão de Artes Plásticas de União da Vitória e 1º Salão de Artes Plásticas de Jaguariauva/PR, premiada em ambos. 2000: Sala Especial, Perfil Feminino, MACC; Col. Balaio Brasil, SESC, São Paulo/SP; 57º Salão Paranaense, MAC/PR, premiada. 2001: Ind. Interação e Possibilidades, Museu de Arte do Paraná, Curitiba; 5º Salão de Artes Plásticas de Londrina/PR, premiada. 2002: Artistas Contemporâneos Latino Americanos, Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro/ RJ; Salão de Artes Plásticas de Campo Mourão, premiada. 2003: Col. Desenhos, Casa da Cultura da América Latina, Brasília/DF; Ind. Quinta, vinte e cinco do nove, Galeria SESC Avenida Paulista, São Paulo. 2004: Mais de 3, MUMA; 7 Artistas Paranaenses, MASC; Ind. Quarta, 17, Estação Arte, Fundação Cultural, Ponta Grossa/PR. 2005: Ind. Procura, MAC/Curitiba. 2008: Col. Nativo Urbano, Projeto Bem me quer, Arte Relacional, Jardim das Américas, Curitiba. 2009: Apresentou a vídeo-instalação Entre Águas, exposta no Solar do Barão, Curitiba. Tal como a água cristalina, o trabalho plástico de Mainês Olivetti situa-se nas fronteiras do não-visível. Transparência, clareza, fluidez, pureza – são conteúdos manifestos em construções que, libertas do peso, beiram ao imaterial. Como se as mais básicas e perceptíveis características da água pudessem ser isoladas e exploradas através dos elementos especialmente escolhidos, engendrados em elaboradas situações espaciais. Muito além do significado estabelecido pela sociedade de consumo (como um produto), a poética da água lida com suas peculiaridades, como a capacidade de acomodação a um continente, ou a um curso natural para seguir a gravidade. Do mesmo modo, os movimentos que parecem existir nestas instalações, buscam a ocupar o espaço com ondulações circulares que podem remeter a sensualidade aquática. Os materiais empregados – como o tule, as redes de nylon e as porcelanas alvas – são sugestivas da sutileza feminina e dialogam com rituais de purificação. A leveza, clareza e o equilíbrio são qualidades ou são os verdadeiros materiais constituintes? Embora sejam construídas com artefatos estritamente industriais, e reconhecíveis como tais – heranças artísticas das vertentes construtiva e minimalista – a ilusória neutralidade é revertida em favor de uma expressividade perspicaz. A delicadeza com que as obras se fundem com o ambiente ocupado pelo corpo do observador deve-se principalmente à transparência, que aliada aos vazados, não interrompem a visão. As instalações utilizam o mínimo de recursos, e, no entanto, existem no espaço, apesar desta precariedade material. Para a artista, não somente a água – mas todos os outros materiais empregados – são considerados energia e explorados como tal. Possuem a potência da música, que, mesmo sendo imaterial, dá conta de preencher vastos teatros. Cláudio Mello – Catálogo Quarta, 17 – março de 2004. BORTOLIN, Nancy Therezinha. Indicador Catarinense de Artes Plásticas. 2.ed.rev ampl. . Itajaí: Ed. UNIVALI; Florianópolis: Ed. UFSC, FCC, 2001.